ARTIGO 17 DA REGRA DA ORDEM FRANCISCANA SECULAR
A riqueza de ser Família
01 – Canto Inicial: Oração pela Família (Padre Zezinho)
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (2X)
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (2X)
02 – Oração pelas famílias (Papa Francisco):
Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do amor verdadeiro, a Vós, confiantes, nos dirigimos. Santa Família de Nazaré, fazei também de nossas famílias, lugar de comunhão e cenáculo de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Santa Família de Nazaré, que nunca mais haja, nas famílias, episódios de violência, impasses e divisão; que quem foi ferido ou escandalizado seja prontamente consolado e curado. Santa Família de Nazaré, fazei com que todos tomem consciência do caráter sagrado e inviolável da família, de sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, escutai e acolhei nossa súplica. Amém.
03 – Reflexão sobre o Artigo 17 da Regra da OFS
“Em sua família vivam o Espírito Franciscano da paz, da fidelidade e do respeito a vida, esforçando-se para fazer dela o sinal de um mundo já renovado em Cristo (Regra de Leão XIII). Os esposos, em particular, vivendo as graças do matrimônio, testemunhem, no mundo, o amor de Cristo á sua igreja. Por uma educação cristã simples e aberta, atentos à vocação de cada um, caminhem alegremente com os filhos em seu itinerário humano e espiritual. (LG 41; AA 30) ”
Quantas riquezas estão elencadas num único artigo, uma vez que:
a- “Ele é a nossa paz.” (Ef. 2,14).
b- “A família é o lugar privilegiado para conhecer e buscar Deus, para a prática do amor, perdão e aceitação do outro. Nela vamos assimilar os valores morais, usar corretamente a liberdade e aprender os fundamentos da vida em sociedade” (CIC 2209).
Que Bênçãos e Graças deixar-nos “contagiar” pelo desafio humano, pessoal, franciscano e cristão de viver em nosso interior a verdadeira paz em Cristo, sobretudo no seio da família. Paz que passa pela visão de alteridade, pela escuta, pelo perdão, pela paciência, pelo não julgar, pelo amor que refletimos de Deus e que não guardamos em nós, mas comunicamos ao mundo, através de gestos pequenos e concretos que podemos exercitar todos os dias e a todo o instante.
Aqueles que buscam viver esta harmonia em Cristo são também convidados a serem fiéis ao projeto do Pai, amando o “amor que não é amado” com todo o nosso coração e nossas forças e ao próximo, como a nós mesmos (Jo, 22, 37-40). Porque Deus é sempre fiel.
A partir destas premissas basilares, se constituiu o jeito franciscano de ser. Quem busca viver deste modo, traz como consequência um profundo respeito pela vida nas suas mais diversas formas e manifestações, porque tudo é dom de Deus, tudo carrega em si o traço amoroso de sua criação. Francisco e Clara de Assis são e sempre serão nossas fontes constantes e um modelo inspirador para recriar o mundo em Cristo, que faz novas todas as coisas.
O Matrimônio é sem sombra de dúvidas uma Graça que Deus concede para seus filhos (as) que se sentem chamados/vocacionados a este sacramento. O Apóstolo Paulo exorta aos casais, a viverem e testemunharem um Amor conjugal, tendo por modelo o amor esponsal de Cristo a sua igreja. (Ef.5, 25)
Este amor que somos convidados a refletir, faz parte um mistério profundo, santo e humano, muito maior do que as palavras conseguem expressar e que temos que absorver, entender e viver a cada dia. É algo ser desejado, buscado a todo instante, e faz toda diferença na relação entre pais, filhos, familiares, amigos, vizinhos.
As nossas Constituições Gerais, nos Artigos 24 e 25, explicam o Artigo 17 da Regra da OFS, recomendando que: “Os franciscanos seculares considerem a família como o âmbito prioritário para viver o próprio compromisso cristão e a vocação franciscana e nela deem espaço à oração, à Palavra de Deus e à catequese cristã, empenhando-se no respeito à vida, desde a concepção e em qualquer situação, até a morte”.
Nesta dimensão, a Regra nos convida a proporcionar aos filhos uma educação cristã, seja dentro ou fora do âmbito da Igreja, como no caso da educação escolar, com a abertura de acolher os dons que cada um (a) traz desde o seu nascimento e de mostrar, que acima de qualquer ambição humana, material, financeira e de status social, o Amor de Deus nos convida a desenvolver nossos talentos, nossa vocação profissional e religiosa para a construção do Reino de Deus e de sua justiça (Mt. 6, 33).
De uma maneira bem particular, nossa Regra chama a atenção dos esposos para a graça do Sacramento que receberam, comparando a reciprocidade e fidelidade de seu amor ao amor de Cristo à sua Igreja. Pais e filhos são motivados a caminhar alegremente em seu itinerário humano e espiritual, buscando ser “sal na terra e luz no mundo”. (Mt 5, 13-14), sobretudo em nossos tempos onde tantas sombras se fazem presentes na vida das pessoas.
Não podemos esquecer que a regra nos fala ainda, uma palavra muito importante, que á alegria. Não podemos caminhar por caminhar, nem caminhar de qualquer jeito, nem caminhar com dor, e sim, caminhar alegremente, porque levamos em nossos corações a alegria e a esperança do ressuscitado e a certeza de que “não somos cidadãos deste mundo”, embora não possamos esquecer que estamos nele e nele temos que semear e testemunhar a alegria franciscana, a “perfeita alegria”.
04 – Recomendações:
- Estudar a Exortação Apostólica Pós Sinodal “Amoris Laeticia”, do Papa Francisco.
- Ação concreta (sugestão): Convidar vizinhos e parentes para partilharem suas experiências como família.
05 – Canto Final: Famílias do Brasil
Um lar onde os pais ainda se amam e os filhos ainda vivem como irmãos e venha quem vier encontra abrigo e todos têm direito ao mesmo pão;
Onde todos são por um e um por todos, onde a paz criou raízes e floriu, um lar assim feliz, seja o sonho das famílias do brasil!
Os filhos qual rebentos de oliveira alegrem os caminhos de seus pais e façam a família brasileira achar seu amanhã na mesma paz!
Autor: Mauro Moreira Gabardo, OFS. Regional Sul 1- Paraná.