2° Domingo do Advento ano C- 2018

 2° DOMINGO DO ADVENTO- Ano C

09/12/2018

Pistas homilético-franciscanas

Liturgia da Palavra: Br 5,1-9; Sl 125(126)1-2ab.2cd-3.4-5.6; (R/.3); Fl 1,4-6.8-11; Lc 3,1-6

Tema-mensagem: Convertei-vos e preparai o caminho do Senhor

Sentimento: Disponibilidade, prontidão

 

Introdução

O mistério que celebramos neste 2° domingo do Advento se resume no exercício da preparação da Vinda do Senhor. A segunda vinda de Cristo, anunciada no Antigo Testamento como “Dia do Senhor” é chamada por Paulo como “Dia de Jesus Cristo” (Fl 1,6), ou, simplesmente, de “Dia de Cristo” (1,10). É o dia “D”, o dia decisivo: o dia do juízo, que consuma o reinado de Deus na terra. É, por outro lado, o dia da graça: o momento oportuno da penitência, da conversão, da reconciliação com Deus – dia para o qual João Batista vem nos ajudar a preparar através do Batismo de conversão.

 

  1. Um triunfal Cântico acerca dos tempos messiânicos

O tom inicial deste mistério nos vem da primeira leitura de hoje, tirada do profeta Baruc, mais precisamente, da conclusão de sua profecia. Depois da confissão dos pecados (Br 1,15-2,35), de uma súplica de libertação (Br 3,1-8) e de uma exortação à observância da lei (3,9-4,4), o profeta do exílio, através de um poema conclusivo, transbordante de júbilo, procura abrir para os exilados a esperança da volta para sua terra natal, Jerusalém.

Aquela Jerusalém, entendida, agora e aqui, como o Povo de Deus, que fora despojada de suas vestes, destronada de sua dignidade de povo, sem nome, posta por terra, exilada, começa a ouvir um cântico de libertação e salvação: “Despe a veste de luto e de aflição e reveste para sempre os adornos da glória vinda de Deus…”. Enfim, aquela que se tornara viúva e privada de filhos está sendo convidada a mudar de sorte: tornar-se de novo rainha e esposa de Jahvé, mãe de novos filhos de Deus.

Tudo passa a ser novo, até mesmo o nome: “Receberás de Deus este nome para sempre: ‘Paz-da-Justiça’ e ‘Glória-da-piedade’. Quatro nomes que, por si sós, bastam para definir a nova situação daqueles homens neste novo mundo pós-exílio, a nova Jerusalém.

Homens perfeitos porque, deixando para trás a condição de escravos, viverão ao máximo o seu ser relacional de cidadãos livres. Por viverem, agora, numa relação perfeita  entre eles – seguindo as medidas da justiça divina – gozarão da máxima harmonia entre si: a paz que vem do alto; do mesmo modo, e assim, estarão numa perfeita relação também com Deus, podendo viver não mais por medo, mas por temor e reverência: a piedade; e, finalmente, poderão viver a verdadeira religiosidade, provando e desfrutando por experiência própria da presença e da glória do Deus vivo no meio deles.

Por isso, diante de tão profunda transformação, o profeta conclama: “Levanta-te Jerusalém, põe-te no alto e olha para o Oriente! Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. Saíram de ti levados pelos inimigos. Deus os devolve a ti, conduzidos com honras, como príncipes reais”. 

Não há, como nós, a Igreja, não vermos neste anúncio a proclamação que Cristo, mais tarde, fará a seu próprio respeito: “Quando eu for levantado, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Anúncio de um novo e definitivo êxodo! Uma das mais expressivas revelações ou profecias do Antigo Testamento. Através de imagens que expressam uma felicidade inigualável, o profeta vê retornar todos os exilados com sua verdadeira e própria vida ou identidade, conduzidos pela glória, pelo brilho de Deus, até a Jerusalém celeste.

 

  1. Uma vinda que move e comove os fiéis à comunhão fraterna

A segunda leitura da missa de hoje, faz parte da Ação de Graças que Paulo eleva a Deus (1,3-11) por causa da colaboração dos filipenses na obra evangelizadora, não apenas pela ajuda material, mas também participando de seus sofrimentos (1,29-30). Ora, tudo isso que está acontecendo nele e neles é obra nem dele, Paulo, e muito menos deles, filipenses. Por isso, diz: “Tenho certeza que Aquele que começou em vós essa boa obra haverá de levá-la à perfeição até o dia de Jesus Cristo” (v. 6). Essa deve ser, pois nossa fé, nossa esperança.

A consumação da obra do Evangelho em nós, porém, se dá pela caridade superfluente, superabundante. Movido por essa obra, iniciada pela Vinda de Cristo, Paulo, ama os cristãos de Filipos com um amor entranhado: ele os preza “nas entranhas de Jesus Cristo” (en splánchnois Christou Iesou). Este amor que nasce das entranhas, visceral, como o amor da mãe pelo filho, é o amor-misericórdia. Assim é o amor de Jesus Cristo pelos discípulos. Assim é o amor de Deus Pai pela suas crias, isto é, todas as criaturas e, de um modo bem próprio, os humanos. Assim também é o amor do Apóstolo pela comunidade. E assim há de ser o amor dos discípulos de Cristo uns pelos outros. Um amor que supera toda a medida; um “amor que superabundante (perisseue) mais e mais, em conhecimento (epignosis) e em toda a percepção (aisthesis), para discernir o que melhor convém” (Fl 1, 9-10a). Este amor matricial é o que São Francisco de Assis queria que reinasse na sua fraternidade, quando prevê que o amor fraterno alcança a sua excelência quando um irmão ama e nutre o seu irmão espiritual como uma mãe ama e nutre o seu filho carnal (Cf. RB 6,8). É ainda este amor que ele prevê, quando, na Regra para os eremitérios, pressupõe que os irmãos vivam ora na função de mães, ora na função de filhos (Cf. REr).

Trata-se, portanto, de um amor-doação nascido do alto e sustentado pela iluminação e pelo fervor da graça da visita do Senhor. Vivendo assim, na dinâmica da superabundância do amor esclarecido, o cristão se prepara para o novo “Dia de Cristo”: “Assim sereis puros e irrepreensíveis para o Dia de Cristo, cumulados do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus” (Fl 1, 10b-11).

 

  1. Um Batismo de conversão

A Liturgia de hoje centraliza-se na figura de João Batista, filho do sacerdote Zacarias, conhecido como o Precursor do Messias.

  • João Batista, o precursor

No início do evangelho de hoje que é também o início da Vida apostólica de Jesus, Lucas faz questão de testemunhar dois fatores muito significativos e importantes para esta missão de Jesus. De um lado quer explicitar claramente que a destinação do anúncio da boa nova é para todo o mundo, pagãos e judeus. Por isso, começa: “No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia…”. 

A intenção parece muito clara. Jesus e seu ministério não são para uma seita secreta ou desconhecida, mas para atingir todos os povos da terra, é para a “oikoumene”, é ecumênico, isto é, católico (universal). Todo o orbe da terra haveria de se alegrar com o anúncio do Evangelho, judeus e gentios. Lucas, ao nomear os governantes e os príncipes dos sacerdotes de Jerusalém (Anás e Caifás) assinala, com isso, também o tempo da irrupção de Jesus Cristo. Pilatos, Anás e Caifás tomarão parte do grande evento da Paixão de Jesus, em que culminará a sua vida pública (um triênio ou quadriênio, aproximadamente).

A preparação deste evento se dá com a missão profética de João Batista: “foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto… pregando um Batismo de conversão para o perdão dos pecados”. Esta história é, pois, não uma iniciativa humana, mas divina. É a Palavra de Deus (o Verbo divino) que dá início a esta história. João é um profeta, isto é, um homem que está a serviço da Palavra de Deus e do seu Sopro (Espírito). O filho de Zacarias não entra em cena na dimensão pública, aberta, da história, por própria iniciativa e vontade, mas movido por Deus. Ele é mensageiro do Rei. Arauto. Ele veio no espírito e na virtude (vigor) de Elias. Era um homem do deserto e da contemplação. Veio para que o deserto da humanidade – esta humanidade desolada e assolada – se tornasse verdejante, florido e frutuoso. Ele veio para preparar esta transformação, que se daria com a manifestação de Jesus Cristo. Ele era o precursor.

Precursor é aquele que corre à frente abrindo e preparando caminhos para outros que vêm atrás. Lucas situa a vocação profética de João num quadro histórico bem concreto, marcado por uma profunda crise ou decadência tanto por parte das autoridades políticas do Império Romano como religiosas de Israel. A intenção do evangelista é muito clara: mostrar que o reinado de Deus é novo e universal. O novo Reino ou Povo de Deus será para todos os seres humanos, de todos os povos, “puros” ou “impuros”, judeus ou pagãos. João foi chamado para ser o profeta, o anunciador e preparador dessa nova humanidade.

  • Profeta e batizador

Além de precursor, João Batista é também Profeta, um homem que está sob o Espírito de Deus. Por isso, Lucas diz: “aconteceu que a palavra de Deus esteve sobre João, filho de Zacarias, no deserto” (Lc 3,2). Aquele que é assim tomado por Deus sofre uma guinada no curso de sua vida. Ele não vive e nem fala mais a partir de si, mas a partir do Espírito e da Palavra de Deus. Por ser inflamada pelo fogo do Espírito essa fala é apaixonante e clarificadora. Uma fala que anuncia o Reinado do Deus que vem e que, ao mesmo tempo, faz notar o que é preciso para receber este Reinado, e como preparar os caminhos para este advento.

Santo Agostinho dizia que João era a voz, mas Jesus, a Palavra. A voz está a serviço da palavra. Ela é um veículo que faz chegar a palavra aos ouvidos e ao coração daqueles que escutam. A palavra que veio sobre João no silêncio do deserto ressoa nas cidades como um anúncio e um clamor. Santo Ambrósio, semelhantemente, nota: o Verbo primeiro atua a sua obra no interior. A voz é como que o seu eco, a sua ressonância. Cristo já atuava, invisivelmente, ocultamente, no interior de João. E João, o profeta precursor, era como que sua ressonância. Sua voz ressoa às margens do Jordão. Com sua pregação, a graça de Deus baixaria sobre os homens como um rio salutar.

João é um mensageiro que proclama o anúncio da vinda do Rei. No anúncio de João ressoava a conclamação ao “batismo de conversão”. Os homens deveriam vir para receber um banho purificador, que celebrava gestualmente, a disposição da conversão. Assumindo suas culpas, os homens podiam preparar-se para receber o Redentor. Admitindo-se como enfermos, poderiam receber a visita do divino Médico. “Fazer penitência” é admitir a própria culpa, a própria falta, a própria deficiência, debilidade, enfermidade. É dispor-se para a saúde que vem do Outro, do Alto. Fazer penitência é também dispor-se à conversão.

João atuou não só com o anúncio, mas também com o gesto do batismo. São Gregório Nazianzeno distingue diversos tipos de batismo: o batismo de Moisés foi pela água (passagem pelo mar, caminhada sob a nuvem); o batismo de João foi pela água, em vista da conversão e do perdão dos pecados – um batismo espiritual, mas ainda imperfeito. O batismo de Jesus Cristo foi espiritual (no Espírito) e perfeito, pois levava e trazia a graça para a qual a conversão se dispunha e concedia efetivamente o perdão dos pecados. Ele ainda diz que há o batismo de sangue (martírio) e o batismo de lágrimas, como o de Davi…

A palavra grega, traduzida por conversão, é “metanoia”. João é aquele que conclama para a “metanoia”: a reviravolta, a guinada, no pensamento (nous). Esta guinada no modo de pensar, esta revolução no pensamento, é, pois, a condição fundamental para receber o advento do Reinado de Deus. Enquanto guinada no modo de pensar é uma guinada no modo de ser, de existir, de se relacionar com todo o real, com todas as realizações, com toda a realidade. Já não é um ser, um existir, a partir de si, mas um ser, um existir, a partir do Outro: de Deus. Portanto, um ser, um existir, que se põe como “servo”, isto é, como disponível, serviçal, prestativo, para a vontade amorosa de Deus, vontade salvífica para com todos os homens e para com toda as criaturas.

Hoje também nós somos atingidos por esta conclamação. Com ela, nos vem também a comunicação de uma alegria: com o advento do Reinado de Deus nos é concedido – por gratuidade – o “perdão dos pecados”. É o acontecer da reconciliação com Deus. O perdão, ao cancelar uma dívida do passado, abre uma nova oportunidade para o futuro. É a chance de um outro começo. Por isso, nada é mais alegre do que o anúncio do perdão.

Algo da alegria desta reconciliação com Deus ressoa tanto na pregação de João, calcada sobre a pregação de Isaías, quanto nas palavras do profeta Baruc. Aqui a conversão aparece como um retorno para Deus. Este retorno é, ele mesmo, obra de Deus nas vidas dos homens. É Deus que os faz retornar a Ele mesmo, desde que encontre neles a devida disposição de conversão. É Deus que eleva o ânimo dos que estão caídos. É Deus que rebaixa o ânimo dos que se exaltaram por sua soberba. Uma vez que os caminhos tortuosos se tornam retos e os caminhos ásperos se tornam planos, todos os seres podem ver a salvação de Deus.

João era a voz que ressoa no deserto. A voz que estava a serviço da Palavra (Verbo) – que a seguia, por um lado; e, por outro lado, a precedia e preparava-lhe os caminhos. Ressoava no deserto, isto é, no lugar do assolamento e da desolação. Anunciava, porém, consolação, encorajamento. Esta voz conclamava os homens a abrir os caminhos para receber o Senhor que vem, o Deus vindouro. O homem torna retas as suas veredas para Deus quando dispõe o seu intelecto para a verdade, o seu afeto para a bondade e pratica as suas obras virtuosamente, a partir da grandeza e da nobreza do ânimo.

Ele conclama os homens a rebaixar as montanhas e as dunas, a encher os vales, a retificar as vias tortuosas… Quando Cristo vem, a soberba humana é rebaixada. As depressões e os desesperos humanos são superadas, com novo encorajamento. Os ocos da vida são preenchidos com as boas obras das virtudes da graça e com os frutos do Espírito. Eis, pois, que o deserto reverdece, floresce, frutifica-se. Assim, toda a carne vê a salvação de Deus.

Deus salva com uma salvação universal. Tudo e todos podem ser reconduzidos ao vigor e ao abrigo de seu ser, na paz. A enfermidade dos humanos é curada pela saúde de Jesus Cristo. Este, Jesus, é a saúde de Deus, revelada em toda a terra, para todos os humanos. Cumpre-se assim a profecia de Baruc: “Pois Deus guiará Israel, na alegria, à luz de sua glória, acompanhado da misericórdia e da justiça que lhe pertencem” (Br 5, 9). Esta mesma alegria do retorno para Deus vem assim decantada pelo salmista desta Missa: Entre os gentios, se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor!”

Conclusão

Todos sabemos como é importante em nossa vida uma boa preparação. Dela depende, muitas vezes, o sucesso de todo um empreendimento que virá depois. No estudo acadêmico ou na formação cristã e religiosa, por exemplo, o mais importante de todas as etapas é a formação inicial, também chamada de fundamental, básica ou primária.

Toda preparação implica numa parada para ver o anterior. Formado por um “pre” e um “parar”, o verbo “pre+parar” aponta para a necessidade de uma atenção especial que seja capaz de ver e captar um “pré”, um anterior. Há, pois, diz a Liturgia deste domingo, uma força originária que precisamos ver, celebrar e acolher. Na verdade, esse anterior é o próprio Filho de Deus que em sua primeira Vinda iniciou em nós e em toda a humanidade uma obra inaudita: transformar-nos de filhos do homem em filhos de Deus como Ele o realizou através de sua Encarnação-Paixão-Morte-Ressurreição.

Por isso, este é o momento para dizer a Jesus Cristo: “Senhor, deixei-me enganar. De mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente, para renovar minha aliança convosco. Preciso de vós. Resgatai-me de novo, Senhor. Aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores” (Papa Francisco em EG 3).

São Francisco sempre foi tido como um novo João Batista, recebendo também ele a missão de preparar para Deus um povo santo e bem disposto para receber seu Filho bem-amado. Por isso, como bom mestre, em sua Carta aos fiéis, começa expondo com muita clareza o desejo mais profundo de Deus: “O Pai quer que todos sejamos salvos por Ele – seu Filho – e O recebamos de coração puro e corpo casto. Mas são poucos os que querem recebê-Lo e ser salvos por Ele, embora o seu jugo seja suave e o seu peso leve”.

E, logo em seguida, apresenta todo um programa de atos e condutas que nos levam a uma conversão e a uma boa preparação da Vinda do Senhor:

– “Devemos, ainda, confessar todos os nossos pecados ao sacerdote, e receber dele o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem não come a sua carne e não bebe o seu sangue, não pode entrar no Reino de Deus”.

– “Devemos também jejuar e abster-nos dos vícios e pecados e do excesso de alimentos e bebidas. E devemos ser católicos. Visitemos também, frequentemente, as igrejas. Veneremos e reverenciemos os clérigos, mesmo se forem pecadores, não tanto por eles, mas por causa do ofício e da administração do santíssimo corpo e sangue de Cristo, que sacrificam sobre o altar e recebem e administram aos outros. Saibamos todos, firmemente, que ninguém pode se salvar a não ser pelas santas palavras e pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo que os clérigos dizem, anunciam e ministram”.

– “Devemos, ainda, odiar nossos corpos com seus vícios e pecados, porque diz o Senhor no Evangelho: Todos os males, vícios e pecados provêm do coração. Devemos amar nossos inimigos e fazer o bem aos que nos odeiam. Devemos observar os preceitos e os conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos também abnegar-nos a nós mesmos e pôr os nossos corpos sob o jugo da servidão e da santa obediência, assim como cada um prometeu ao Senhor. E ninguém se atenha a obedecer a outrem no que implique em delito ou pecado” (2CF).

E conclui o nosso Santo: “Ó quão ditosos e benditos, porém, são aqueles que amam a Deus e fazem como diz o próprio Senhor no Evangelho: Ama o Senhor teu Deus de todo o coração e de toda a mente e teu próximo como a ti mesmo. Portanto, amemos a Deus e adoremo-Lo de coração e mente puros. Ele mesmo, querendo isto sobre todas as coisas, disse: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Todos, pois, que O adoram, é preciso que O adorem no espírito da verdade. E digamos-Lhe as Laudes e as orações, dia e noite, dizendo: Pai-nosso que estás nos Céus porque nos importa rezar sempre e não desfalecer” (idem).

Fraternalmente,

Marcos Aurélio Fernandes e Frei Dorvalino Fassini, ofm