São Boaventura

São Boaventura

fonte: franciscanos

João de Fidanza, filho de João de Fidanza e Maria Ristelli, nasceu em Bagnoregio, do distrito de Viterbo, dos Estados Pontifícios, em 1221. Curou-se na infância de grave doença, depois de uma invocação a São Francisco de Assis feita por sua mãe, a que faz referência o próprio São Boaventura (Sermo de B. Francisco, serm.3).

Pelo ano 1234 seguiu para a Faculdade das Artes, de Paris, onde se graduava pelo ano 1240. Ingressou aos 17 anos na Ordem dos Franciscanos, onde assumiu o nome de Boaventura. Talvez estivesse motivado pela devoção a São Francisco que lhe vinha da infância, e ainda pela admiração a Alexandre de Hales, por quem se deixara orientar doutrinariamente, enfim pelo apreço em que levava o espírito da Ordem, como se infere de suas mesmas palavras.

A teologia a estudou provavelmente sob Alexandre de Hales (+ 1245), porque o chama de pai e mestre. Boaventura principia o magistério em 1248 como bacharel bíblico, com o Comentário ao Evangelho de S. Lucas; conforme os estatutos da Universidade, dois anos depois, como bacharel sentenciário, explicaria a Sentenças, o que teria feito, então, em 1250 e 1251; na mesma sequência deveria chegar ao doutorado em teologia em 1253. Frente às dificuldades criadas então aos religiosos, parece que Boaventura só conseguiu o reconhecimento do título em 1257.

Mas, abandonou exatamente, então, o magistério, passando então ao posto de Geral da Ordem franciscana; tinha 36 anos. Dedicou-se à causa da Ordem, à sua espiritualidade e à pregação em geral. Em 1273 foi feito cardeal e bispo de Albano.

Exerceu especiais incumbências no Concílio de Lyon, quando foi conseguida a união com a Igreja Grega (6-7-1274), a qual todavia foi precária. Oito dias após o Concílio faleceu o cardeal (14-7-1274). Foi canonizado em 1482 e declarado doutor da Igreja em 1587.

Boaventura chegara mais cedo a Paris que São Tomás; enquanto o primeiro se graduava em artes em Paris em 1240, Tomás chegará a Paris em 1245, para seguir em 1248 para Colônia. Boaventura completa o tirocínio para a conquista do grau de mestre em 1253, Tomás, que retornara a Paris, lecionou ali de 1252 a 1259, depois seguindo para a Itália (1259-1268).

Cessou, porém o magistério de Boaventura em 1257. Entretanto Boaventura não paralisou as suas preocupações intelectuais. Foi a um tempo, um homem de estudo, de ação e além de místico. Não participou das controvérsias tomistas de 1270, mas apoiou tacitamente a oposição, que era agostiniana.

A obra literária de S. Boaventura é relativamente grande, principalmente tendo em consideração que lecionou apenas 10 anos (1248-1257), de quando datam os livros do tipo escolar. São de interesse filosófico:

Comentários sobres as Sentenças (c. 1248-1255);
Quaestiones disputates, sendo 7 De scientia christi, 8 de Mysterio Trinitatis, 4 de perfectione    evangelica;
Itinerarium mentis ad Deum (1259);
Breviloquium (antes de 1257);
De reductione artium ad theologiam;
e os tratados sobre os Tópicos, Meteoros, e De generatione de Aristóteles.


Deixou também numerosos sermões e escritos de natureza mística. São Boaventura morreu no dia 15 de Julho do ano de 1274.

ORAÇÃO – Concedei-nos, Pai todo-poderoso, que, celebrando a festa de São Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e imitemos sua ardente caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A evangelização em São Boaventura: apontamentos

Frei Fernando Garzón Ramírez, OFM (1)

Introdução

Quero destacar dois fatos, antes de apresentar estes apontamentos. Em primeiro lugar, os mendicantes, apresentando-se como pregadores itinerantes, não tardaram a tornar-se um movimento com rica atividade apostólica na Igreja. Em segundo lugar, franciscanos e dominicanos haviam recebido do Papa certos privilégios (permissão de receber a sepultura dos fiéis, pregar e confessar) e certos encargos que pertenciam exclusivamente aos prelados (investigadores, árbitros nos litígios eclesiásticos e monásticos). Esses privilégios e essas missões deram lugar a sérias críticas e até à rejeição por parte de alguns seculares, que afirmavam que os mendicantes estavam se aproveitando dos direitos dos párocos e dos bispos.

O ministério desses religiosos não dependia das estruturas das igrejas locais, aparecendo, por isso, como uma surpreendente novidade no exercício do anúncio da Palavra de Deus. Assim, a pastoral tradicional da Igreja se sentiu ameaçada com a chegada das novas ordens que tinham recebido do Papado a permissão de exercerem uma atividade pastoral independente da jurisdição dos bispos. Não obstante, o conflito não conhece uma dimensão universal antes de 1254. É então que alguns membros do episcopado francês pedem aos teólogos da Universidade de Paris que demonstrem a ilegitimidade do ministério dos mendicantes e a falsidade de seus princípios.

Essa denúncia é obra de Guilherme de Saint-Amour, procurador da Universidade de Paris, mestre de Teologia e canonista. No seu Tractatus brevis de periculis novissimorum temporum (2), afirma Saint-Amour que a Igreja estava correndo um duplo perigo com os mendicantes. Por um lado, comprometer-se com os erros das ideias joaquimistas de alguns franciscanos que pretendiam que a era do Espírito Santo coincidia com a chegada dos mendicantes; e, por outro, ser suplantada na cura d’almas, ministério exclusivo da hierarquia. Os monges e os leigos, que não são prelados, conforme Saint-Amour, devem abster-se do estudo da teologia e viver do trabalho manual. O fundo do problema era a nova eclesiologia que estava então aparecendo.

O Doutor Seráfico não quer polemizar diretamente sobre o livro de Saint-Amour. Dedica-se a aprofundar, em seus estudos e publicações, em seus cursos e homilias, o sentido da vida evangélica. Aí Boaventura responde à pergunta central da discussão: qual o lugar das novas formas de vida religiosa na Igreja? Quando em 1257 São Boaventura de Bagnoregio é eleito Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, durante o Capítulo de Ara Caeli, em Roma, teve de assumir o desafio de justificar a presença dos Menores na Igreja, sua missão e seu carisma. Afirma Boaventura que o ministério da pregação e do cuidado das almas são um direito que os Menores receberam do Papa, e é o próprio Deus quem suscita novas formas de vida religiosa na Igreja. Se a pregação é um ministério, para os Irmãos Menores não pode haver outro diferente do de evangelizar, ou seja, anunciar o Reino de Deus.

Evangelizar: anunciar o Reino de Deus

Os escritos de São Boaventura estão repletos de testemunhos em que o anúncio do Reino de Deus é caracterizado como essencial à vocação e à missão dos Irmãos Menores que, deste modo, seguem o exemplo de Cristo. Mas é impossível dar, em poucos parágrafos, razão disso. Permitam-me então retomar o sermão de São Boaventura que, a meu ver, pode oferecer-nos melhores pistas para a nossa reflexão sobre o tema da evangelização. Refiro-me ao sermão De Regno Dei descripto in parabolis evangelicis (3) O tema a desenvolver é dado pela Liturgia do dia: “Simile est regnum caelorum homini, qui seminavit bonum semen in agro suo” (Mt 13,14). No primeiro parágrafo do sermão, afirma Boaventura:

”’O Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou semente boa no seu campo’ (Mt 13,24). Os galileus ‘queriam retê-Io para que não os deixasse. Mas Ele Ihes disse: Também a outras cidades devo anunciar a boa notícia do Reino de Deus, porque para isto é que fui enviado’. Estas últimas palavras estão escritas no capítulo 4 de Lucas [v. 42-43]. É necessário observar, assim, que entre todos os ofícios hierárquicos, o mais notável é o de anunciar o Reino de Deus, ofício para o qual, segundo seu próprio testemunho, ‘Ele foi enviado’” (4).

Jesus Evangelizador

É muito significativo o fato de Boaventura ter desejado começar o seu sermão sobre o Reino de Deus pela constatação da obra profética de Jesus, isto é, pelo anúncio do Reino, o mais nobre ministério. Sensível a esse ministério, o Doutor Seráfico inicia o seu “Comentário ao Evangelho de Lucas” (5), referindo-se ao discurso inaugural de Jesus na sinagoga de Nazaré, narrado pelo evangelista (Lc 4,16-30). Naquele dia, no livro do Profeta Isaías, Jesus leu esta passagem: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar aos pobres a Boa Nova, me enviou para proclamar a libertação aos cativos e a vista aos cegos,

para dar a liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor.

Para São Boaventura, o interesse do evangelista Lucas é demonstrar que as palavras dos profetas dão testemunho da pregação de Jesus. Toda ela, junto com sua vida e os sinais que realizou, revela uma missão que Ele realiza permanentemente: ser o enviado de Deus para anunciar a Boa Nova do Reino. A novidade da mensagem de Jesus é fundamentalmente cumprir essa palavra profética de Isaías. As palavras “Hoje se cumpriu esta Escritura”, do versículo 21, são o anúncio de que o acontecimento futuro, proclamado pelos profetas e pela Lei, se toma realidade. O Reino de Deus anunciado pelos profetas se faz presente na pessoa de Jesus; sua pregação desperta o interesse dos destinatários de sua mensagem, sobre o momento presente como realização de uma promessa.

Um texto semelhante é a resposta de Jesus aos enviados por João Batista que vêm lhe perguntar se Ele é o Messias prometido (cf. Lc 7,18-23). Jesus enumera os sinais da salvação como sinais da intervenção de Deus, mostrando que é Ele quem deve vir: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os pobres são evangelizados e os mortos ressuscitam. Jesus não se anuncia a si mesmo, mas anuncia Deus e a sua atuação. A atuação de Cristo dá a conhecer o cumprimento da vontade do Pai. Deste modo, o anúncio da Boa Nova do Reino, obra fundamental de evangelização, inscreve-se então no próprio projeto de Deus (6). Por isso, para elaborar o conceito de evangelização, obra de Cristo e da Igreja, Boaventura toma como ponto de partida o magistério de Cristo, que não se contenta em anunciar a nova economia de salvação, mas se toma o próprio conteúdo do anúncio.

A Igreja, evangelizadora

Se o Reino de Deus constitui o coração da pregação de Jesus, segue-se então que esse ministério deve ser o mais nobre ofício da Igreja. Assim, o Doutor Seráfico não deseja identificar Reino de Deus e Igreja. Em seu ministério evangelizador, a Igreja apresenta e ensina o Evangelho de Jesus Cristo. Diz ele: “Expor e ensinar o Evangelho de Deus é, com efeito, proclamar o Verbo divino’” (7). A presença do Reino de Deus faz da fé algo mais que mero conhecimento teórico sobre Deus: ela é a acolhida da ação de Deus na história da humanidade, pela graça do Espírito Santo.

Boaventura se mostra muito firme quanto à preparação intelectual que deve preceder toda pregação, e recomenda aos irmãos, com insistência, a maestria de uma profunda ciência. Caso contrário, a improvisação inevitável dará lugar a uma exposição superficial e aproximativa da mensagem. O respeito e a admiração pela Palavra de Deus devem fundar-se em um sério conhecimento da Escritura. Claro que a pregação do Reino de Deus não é um exercício de retórica acadêmica, mas a ação pela qual o pregador testemunha a atuação de Deus, explicando-a através da Escritura, a fim de preparar os ouvintes para acolherem a Palavra de Deus em uma perspectiva soteriológica. Considerar a salvação em Jesus Cristo como motivo do anúncio eclesial levou o nosso autor a se perguntar sobre quando se realizará, definitivamente, esse Reino anunciado.

Caráter escatológico do Reino

No século XIII, século de São Boaventura, vivia-se com o sentimento da iminência da última era, perto do fim da história. A influência dos escritos de Joaquim de Fiore (8), não somente nos Irmãos Menores, mas em muitos cristãos do Ocidente, contribuíra para fomentar uma enorme expectativa a propósito da vinda imediata do Anticristo e, por isso, das perseguições da Igreja. Que mensagem de esperança poderia o fiel cristão esperar da pregação da Igreja em um mundo angustiado pela iminente chegada do fim dos tempos?

O Abade de Fiore insiste, em seus comentários bíblicos, na intervenção de cada uma das Pessoas da SS. Trindade, encontrando na Escritura a certeza de uma nova e definitiva manifestação de Deus na história da humanidade; esta se realizará pela vinda do Reino do Espírito, reino que levará a Igreja a sua plenitude. Para Joaquim, a mensagem de esperança se transforma em um apelo à conversão e à acolhida do Espírito Santo, por meio do qual os fiéis cristãos se tornam homens espirituais capazes de sustentar a Igreja quando vierem as perseguições (9).

No entanto, a expectativa de uma nova manifestação de Deus na história dos homens não é exclusiva do pensamento cristão medieval. Esta atitude já é muito comum na tradição judeu-cristã. Israel fez a experiência da ação de Deus reconhecido como o Senhor da história e Rei de todos os povos. A partir desse reconhecimento foi elaborada a noção do Reino de Deus e ao mesmo tempo a da vocação humana. É a partir da experiência de Deus que o povo toma consciência de sua natureza e de sua missão próprias. Cada uma das características da atuação de Deus passa a ser uma característica da vocação humana. Logo o povo compreendeu que entre a atuação divina e a humana se dá uma discordância profunda que, em certas ocasiões, o afastava gravemente de Deus. É neste momento que se pode falar de uma “escatologização” da fé, na medida em que os acontecimentos salvíficos, já experimentados, são prova da intervenção de Deus no futuro. O destino humano e o fim dos tempos se apresentam ao povo em uma perspectiva de esperança, fundada na convicção de que Deus há de intervir outra vez, como já o fez no passado, em favor do seu povo.

Para o Doutor Seráfico, desconhecer os fatos salvíficos do passado impossibilita fitar o futuro em continuidade e em referência ao plano salvador de Deus. A certeza de uma nova manifestação divina lhe vem da análise dos acontecimentos salvíficos já passados e que provam a presença do Reino de Deus, presença de amor de Deus por todos. Diz ele:

 “Quem ignora o passado não pode conhecer os acontecimentos futuros. Com efeito, se eu ignoro a que árvore uma semente pertence, não posso saber que árvore vai nascer. Por isso, o conhecimento dos acontecimentos futuros depende do conhecimento do passado” (10).

Para São Boaventura, o Reino de Deus é uma presença sempre atual e atuante de Deus na história dos seres humanos. São Boaventura, ao contrário de Joaquim de Fiore, não situa as ações do Pai e do Filho como atos do passado. Todas as Três Pessoas da Trindade atuam no mesmo e único projeto de salvação.

Duas realidades se nos apresentam, então, na consideração bonaventuriana do Reino de Deus: Deus e o ser humano, o divino e o humano se encontram. Sem a vida de Deus nele, o ser humano será incapaz de um amor verdadeiro e não chegará a ser aquilo que o caracteriza, ser imago Dei, criatura beneficiária da salvação, chamada a ser rei. Toda vez que Boaventura postula um enunciado teológico, postula ao mesmo tempo um enunciado antropológico. Seja como for, existe, mediante a evangelização, um encontro entre Deus e os seres humanos ou, como se diria hoje, um encontro entre o Evangelho e as culturas.

À guisa de conclusão

  1. Aquilo que aconteceu na vida de Jesus é o que acontece toda vez que a boa notícia do Reino é proclamada a um povo em particular. Um evangelizador não poderá, então, considerar um encontro unidirecional do Evangelho para a cultura. Trata-se, ao mesmo tempo, do Deus que encontra a pessoa humana em comunidade, e do indivíduo que responde a partir de sua vida. Na união a partir do Reino, o divino e o humano se enriquecem.
  2. São Boaventura não fala do Reino de Deus como do futuro da Igreja. Ele insiste no fato de que não se trata apenas de uma realidade futura e celeste, mas da ação divina no ontem, no hoje e no amanhã da humanidade, na história, em uma comunidade de amor, de liberdade, de fraternidade.
  3. Não podemos pedir a São Boaventura um tratado sobre a inculturação, pois isto seria do mesmo nível que fazer uma reflexão sobre Santo Tomás e os óvnis. Ele prefere, quando aborda o Reino de Deus, falar de união ou de encontro divino-humano. O objetivo, então, não é simplesmente dar a conhecer o acontecimento Jesus de Nazaré, mas mostrar como Deus continua agindo, aqui e agora, em Jesus Ressuscitado e no seu Espírito.

Endereço do autor:

fgarzon@usbbog.edu.co

Universidade de San Buenaventura, Bogotá, Colômbia.

  1. Cf. E. FARAL, “Les ‘Responsiones’ de Guillaume de Saint-Amour, em Archives d’Histoire Doctrinale et Littérairedu MoyenAge 25-26 (1950-1951) 337-397; P. GLORIEUX, “Le contlit de 1252-1257 à Ia lumiére du Mémoire de Guillaume de Saint-Arnour”, em Recherches de Théologie Ancienne et Médiévale 24 (1957) 364-372; Y.M.J. CONGAR, “Aspects ecclésiologiques de Ia querelle entre mendiants et séculiers dans Ia seconde moitié du XIIIe siêcle et le début du XIVe. siêcle”, em Archives d’Histoire Doctrinale et Littéraire du Moyen Age 36 (1961) 35-151;

M.-M. DUFElL, Guillaume de Saint-Amour et Ia polemique universitaire parisienne 1250-1259, Paris, 1972; R. PARRINI, “r Maestri di Parigi contro i Mendicanti”, em Eretici e ribelli nel XlII e XlV séc., Pistoia 1974, 121-133.

  1. DOCTORIS SERAPHICI S. BONAVENTURAE, Opera omnia, Ed. Quaracchi, 1891, vol. I, p. 539-553. Este sermão foi pronunciado no dia 6 de fevereiro de 1256, um V Domingo depois da Epifania, diante de um público universitário, no Convento Dominicano de São Tiago Apóstolo, em Paris. Aqui Boaventura se aplica a dar a conhecer o Reino de Deus, sua natureza, as condições para fazer parte dele, as parábolas que o explicam, junto com o problema do mal que ergue obstáculos à resposta humana.
  2. De Regno Dei, N. 1 (V, 539a).
  3. “A figura do pregador deve, então, refulgir no seguimento de Cristo e a sua mensagem deve estar de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo. Ela abrange todos os aspectos da vida cristã: desde o anúncio do Reino até a conversão e o crescimento do Reino de Deus nos corações, até ao cumprimento da bem-aventurada visão de Deus, reservada aos seus santos no céu”: B. FAJDEK, La Vocazione Apostolica dell’Ordine dei Frati Minori secondo gli Opuscoli di San Bonaventura, Roma, Ed. Antonianum, 1987, p. 134.
  4. 7. Cornrnent. in Lucarn, Prooem., N. 5 (VII, 4bb).
  5. Para uma bibliografia sobre Joaquim de Fiore, cf., entre outros: F. RUSSO, Bibliografiajoachimita, Firenze 1954; R. MARQUEZ, “Estado actual de los estudios joaquinistas: obra, doctrina, influencias”, em La Ciudad de Dios 183 (1970) 525-535; V. DE FRAJA, “Gioacchino da Fiore: Bibliografia 1969-1988”, em Florensia 2 (1988) 7-59; K.-V. SELGE, “Elencho delle opere di Gioacchino da Fiore”, em Florensia 3-4 (1989-1990) 25-35.
  6. Não se deve esquecer que estamos no século XIII, embora essas idéias pareçam refletir uma situação similar do fim do século XX.
  7. Hexaêm., col. 15, N. 11 (V,400a).
  8. Texto publicado na Revista Franciscana