Primeiro Domingo da Quaresma 2021

1º Domingo da Quaresma

Leituras: Gn 9,8-15; Sl 24 (25); 1Pd 3,18-22; Mc 1,12-15

 Tema-mensagem: Convertamo-nos ao Evangelho e creiamos nele porque o Tempo da nova criação já se completou e o Reino de Deus está próximo.

 Introdução:

 Na quarta-feira de Cinzas, celebrávamos o sempre novo e antigo convite de Deus, anunciado pelo seu profeta: Voltai, voltai para mim! (Jl 2,12-13). Hoje, primeiro Domingo da Quaresma, Jesus vem anunciar-nos que não basta voltar para Ele. É preciso também crer Nele e converter-nos para o seu Evangelho. Só assim, na noite da Páscoa, estaremos em condições de renovar nossa aliança batismal, fazendo, solenemente, mais uma vez e com mais ardor, nossa profissão de fé. 1. Com Noé, o prenúncio de uma nova criação e de uma nova humanidade (Gn 9,8-15) Para introduzir-nos na celebração do mistério deste primeiro Domingo da Quaresma, a Igreja proclama um pequeno trecho do livro das origens – o Gênesis.

1.1 Uma nova criação

 Antes de analisar a primeira leitura de hoje, importa recordar que a primeira humanidade, segundo o Gênesis, começa com um fratricídio – a morte de Abel por Caim – e termina com o dilúvio. Esta corrupção – um homem matando outro homem – é tão profunda e grave que torna amaldiçoado também o chão da terra que ele pisa, terra que fora tão bem criada e abençoada por Deus no ato da criação. É, então, dentro desse contexto, que Deus decide acabar com aquela criação para fazer surgir “uma nova humanidade”. Para mostrar esse objetivo, o autor sagrado chega a usar expressões idênticas às do primeiro capítulo do Gênesis, como, por exemplo: ‘Sede fecundos’, ‘multiplicai-vos’ e ‘enchei a terra…’ (Gn 1,28 e 8,1-7). Noé assume assim a figura do novo Adão, tirado para fora da água, assim como outrora as criaturas todas foram tiradas para fora das águas primordiais e Adão, do barro. Assim, aquela humanidade corrupta, corruptora e corrompida, precisava ser resgatada pela raiz. Só assim também a criação recuperaria sua beleza e bondade originária, e o desígnio de Deus, acerca da humanidade, retomaria sua continuidade. Para isso, Deus escolheu Noé, um homem justo e perfeito (Gn 6,9), entregando-lhe a missão de preparar e conduzir a barca salvadora no meio das águas purificadoras do dilúvio. Portanto, se de um lado Noé representa o velho Adão, por outro, também, podemos e devemos ver nele o futuro e novo Adão, Jesus Cristo. Com ele Deus inicia a recriação, a restauração do homem e, assim, de toda a criação. Em lugar da arca de madeira, o madeiro da cruz será o lenho sagrado através do qual Jesus Cristo vai salvar os homens das águas da morte e resgatá-los do abismo aniquilador. As águas da morte vão se transformar em águas de vida (Cf. Batismo). Novo nascimento do homem e de toda a criação virá deste novo Noé: Cristo Crucificado e Ressuscitado.

1.2 A primeira aliança

 Como centro deste pequeno texto, não só pelo número de vezes – cinco ao todo – mas, principalmente, pela ênfase com que vem expressa, está a promissora e misericordiosa aliança de Deus, não apenas com Noé e seus familiares, mas também com todas as criaturas que estão na terra (Gn 9,10). O pecado corrompera e corrompe não apenas os homens, mas também todos os viventes, toda a terra, sim, todo o universo, como escreve o Papa Francisco em sua Carta Laudato Si: Nestas narrações tão antigas, ricas de profundo simbolismo, já estava contida a convicção atual de que tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros (n. 70). Assim, o caminho de salvação que Deus abre através de Noé – homem íntegro e justo (prefiguração de Jesus Cristo) – faz renascer a esperança para todos os homens, para todos os viventes, para a terra toda, como o recorda com muita ternura São Francisco em seu famoso Sermão às aves de Roma: Aproximai-vos de mim para ouvirdes a palavra de Deus em nome Daquele que vos criou e libertou das águas do Dilúvio por meio da arca de Noé (TM 7). Portanto, como diz nosso Papa Francisco: Basta um homem bom para haver esperança! (LS 71). Como em todas as demais alianças do Antigo Testamento, também nessa, ressalta-se a iniciativa gratuita de Deus. Além do mais, diferentemente das demais, “a Aliança de Jahvé com Noé não implica nenhuma adesão ou reconhecimento da parte do homem, nem mesmo alguma promessa, no sentido de não voltar a percorrer caminhos de corrupção e de pecado. Ela aparece, assim, como puro dom de Deus, fruto do seu amor e da sua misericórdia. É uma Aliança incondicional e sem contrapartidas, que resulta exclusivamente da bondade e da generosidade de Deus”

1.3 O sinal do arco nas nuvens

 Deus, porém, além de estabelecer sua aliança entre Ele e a terra, também faz questão de expressá-la através de um maravilhoso sinal: “ponho meu arco nas nuvens” (Gn 9,13)13. Jahvé depõe, joga para os ares, o arco de guerra – da sua guerra contra os homens – e, assim, aquilo que significava ameaça de morte, destruição, torna-se sinal da paz, da vida – de sua vida, de sua paz com os homens14. Aquilo que antes dividia, agora une, aproxima, tornando-se ponte que une céu e terra, os mortais, por um lado, e os imortais e o divino por outro lado. Enfim, o arco fala de renovação, das mudanças transformadoras do coração e do amor que une o divino e o humano. Esta narrativa nos remete, também aqui, para Jesus Cristo. É nele, pelo sangue de sua Cruz – o verdadeiro e único arco da paz – que se dá a reconciliação definitiva e, assim, a paz eterna de Deus e do homem (Cf. Ef 2,14-16).

  1. A arca, figura do Batismo (1Pd 3,18-22)

Quem intuiu um vínculo muito precioso e belo do dilúvio, de Noé e sua arca com o mistério da vida cristã, com a nossa salvação, foi São Pedro. Na 2ª leitura da Missa de hoje, ele recorda que Cristo … no Espírito, foi pregar aos que foram desobedientes, antigamente, quando nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito ao todo, se salvaram através da água (1Pd 3,20)15. E completa:

Esta era a figura do Batismo, que atualmente vos salva: não se trata de purificar as manchas do corpo, mas do engajamento para com Deus de uma boa consciência; ele vos salva pela Ressurreição de Jesus Cristo, que, tendo partido para o céu, está à direita de Deus, e a quem foram submetidos os anjos, as autoridades e poderes (1 Pd 3,21-22).

Não parece difícil, como já dissemos, ver em Noé uma figura de Jesus Cristo. Esse, sim, é, na verdade, o “Justo” por antonomásia (Cf. At 3,14), enquanto que aquele, digamos, o foi apenas por transferência ou concessão. Justo, aqui, não quer dizer apenas “reto”, “direito”, “ereto”, mas, acima de tudo e mais propriamente, comprovado, experimentado; aquele homem que, em seu caminho, isto é, na travessia ou viagem de sua história é posto à prova e, sendo provado, mostra-se firme, consistente, sólido em sua fé (fidelidade), isto é, é comprovado, e, assim, bem-aventurado. Ora, em quem isso se aplica, de modo perfeito e consumado, senão em Jesus Cristo crucificado, o Justo por excelência!?

  1. Jesus em sua preparação para a Vida apostólica e para a Cruz (Mc 1,12-15)

 

A perícope evangélica de hoje se move em torno de dois momentos muito distintos, mas profunda e intimamente unidos: as tentações de Jesus no deserto e o início de sua Vida pública.

3.1 Impelido pelo Espírito, Jesus é levado ao deserto para ser tentado.

Depois de ter falado da pregação de João Batista e do Batismo de Jesus, Marcos fala muito concisamente: E imediatamente o Espírito lançou Jesus para dentro do deserto (Mc 1,12-13). Jesus é, pois, lançado, arrojado (ekballei), pelo Sopro de Deus, para dentro do deserto16. São João Crisóstomo faz notar que este modo de dizer do evangelista torna explícita a primeira lição que Jesus devia aprender: a docilidade ao Espírito. Uma vez que ele fora declarado Filho muito amado do Pai não competia a Ele escolher o caminho a ser seguido. E graças à aprendizagem desta primeira lição é que poderá depois seguir o caminho do despojamento total à vontade do Pai, o caminho do Calvário, da cruz. O deserto é, aqui, não só o lugar da solidão (éremon) e da desolação, da experiência – no sentido de ser posto à prova – da tentação, no confronto com o mal – o nada negativo e destrutivo – mas, também o lugar do encontro solitário, limpo, único com Deus; o lugar do aprendizado de “sofrer Deus”.

E ele esteve no deserto quarenta dias e aí foi tentado por Satanás (Mc 1,13). Mais ou antes que a dimensão meramente cronológica, os quarenta dias de tentação significam, aqui, todo o tempo da vida do homem, que, segundo Santo Agostinho, ecoando a palavra de Jó, não passa de uma constante tentação: Não é uma tentação a vida humana – sem folga? (‘Numquid non tentatio est vita humana – sine ullo interstitio?’)

 Assim, no deserto, Jesus dá início à sua grande experiência de fé, de ser filho muito amado do Pai. Ou seja, começa a ser colocado entre possibilidades opostas, de vida ou morte, do Pai ou do demônio, de Deus ou do mundo. Eis o risco, a prova, a tentação…

 3.2. Vivia com as feras e os anjos o serviam

 A primeira parte do Evangelho de hoje termina dizendo que Jesus vivia com as feras e os anjos o serviam (Mc 1,13). Para além do significado histórico, temos aqui uma clara alusão ao novo (último) Adão, o novo (definitivo) homem paradisíaco. Jesus, diferentemente de Adão, vence o pecado, isto é, a desarmonia e a ruptura que se instala entre o homem e Deus e no homem mesmo, e, por conseguinte, entre o homem e os outros homens e, por extensão, entre o homem e demais criaturas, entre o céu e a terra. Eis o mistério da redenção e da salvação: a restituição da unidade e da harmonia com Deus e com tudo e todos. Quem segue Jesus Cristo, e a ele se conforma, entra nesta condição do homem paradisíaco, mesmo entre as ruínas da condição humana ameaçada pelo pecado.

Comentando este mistério, assim fala nosso Papa Francisco:

 Por isso, é significativo que a harmonia vivida por São Francisco com todas as criaturas tenha sido interpretada como uma sanação daquela ruptura. Dizia São Boaventura que, através da reconciliação universal com todas as criaturas, Francisco voltara, de alguma forma, ao estado de inocência original (LS 66).

 São Jerônimo lê esta passagem do Evangelho também como pacificação entre a carne e o espírito: assim como Noé estava à vontade entre animais puros e impuros, assim também, aqui, os desejos da carne e os desejos do espírito não se opõem, mas se compõem uns com os outros. O homem que participa do combate da tentação e, do mesmo modo, da vitória de Cristo, recebe, além disso, o ministério (diakonía) dos anjos. Não são todos eles (os anjos) espíritos cumpridores de funções (leitourgiká pneúmata) e enviados a serviço (‘eis diakonían apostellómena’) em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança? (Hb 1,14).

 

3.3.  Depois que João fora entregue

 Marcos, depois de relatar a estada de Jesus no deserto, escreve: Depois que João fora entregue… (Mc 1,14). Essa constatação está aí para dizer que o destino de Jesus não será outro senão o de seu precursor: a entrega. Uma entrega que começa já, agora, no deserto, com as tentações e que culminará, no fim da vida, na cruz. Continuando diz o evangelista que Jesus veio para a Galileia… (Mc 1,4). Chama a atenção o fato de Jesus começar sua obra evangelizadora não em Jerusalém e nem mesmo na Judéia, mas sim na Galileia dos pagãos e dos israelitas decadentes e impuros. Isso manifesta desde logo o caráter misericordioso e universal de sua evangelização, bem de acordo com o que profetizara Isaías: O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte, uma luz começou a brilhar (9,1). Ali, mais precisamente, em Cafarnaum, junto do mar, é que Jesus começou sua pregação, dizendo: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus se aproximou” (idem 15). O tempo da espera deu lugar ao tempo da realização. O tempo das figuras deu lugar ao tempo da realidade em sua verdade. O tempo do merecimento da Lei deu lugar ao tempo da graça do Evangelho. O tempo do temor cede sua vez ao tempo do amor. O tempo de ser servo, ao tempo de ser filho. O tempo da plenitude da graça chegou. Deus veio para dizer sua última e definitiva palavra ao homem. E esta palavra é um Sim definitivo, de pura fé. Um Sim que brilha no não do abandono da Cruz.

3.4.  Convertei-vos e crede no Evangelho

Jesus começa, então, sua grande exortação: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15). Conversão (gr.: metánoia) é a guinada da mente, na qual e pela qual o homem realiza seu retorno (hebr.: Teshuvá) para Deus; é deixar tudo para seguir o Senhor para onde quer que vá. É adesão a Deus, de todo o coração. Fé cristã é seguimento de Cristo e, em última instância, é manter-se na fidelidade do amor àquele que nos amou por primeiro. Evangelho, portanto, não é um livro, uma doutrina ou Religião, mas a própria Pessoa de Jesus Cristo, que veio anunciar, revelar o Pai. Ele é a própria Mensagem do Pai, a Alegria do Pai e dos homens. Alegria que começa a invadir o coração de cada pessoa humana e de cada criatura, fazendo-os caminhar na liberdade, como filhos de Deus. Eis a salvação do homem (Cf. Rm 1,16), que começa a se expandir pela terra inteira: A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Todos os que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria, diz o Papa Francisco no início de sua exortação Evangelii Gaudium (EG 1).

Para entrar nessa alegria, para participar e comungar dessa jovialidade, é preciso, porém, atender à exortação de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15).

Conclusão

Na Quarta-feira de Cinzas, o Senhor Deus exclamava: “Voltai, voltai para mim!” (Jl 2,12-13). Hoje, primeiro Domingo da Quaresma, Jesus vem nos anunciar o caminho desta volta: “Convertei-vos e crede no meu anúncio: Deus, que é meu Pai, é também vosso Pai!” Ora, poderia haver Palavra, Notícia mais alegre, alvissareira, bela e melhor do que essa!? Crer, porém, nada tem a ver com acreditar e, muito menos, fé com crença. Enquanto esta se assenta em motivações e interesses, aquela, a fé, o crer, tem a ver com o nascer e o crescer a partir do vigor e do entusiasmo da graça do encontro com Jesus Cristo. Por isso, sempre que rezamos o “Credo”, poderíamos proclamar: “Eu nasço e cresço em Deus Pai… eu nasço e cresço em Jesus Cristo… eu nasço e cresço no Espírito Santo… eu nasço e cresço na Igreja…”. Noé foi salvo, ele e sua gente e toda a criação, das purificadoras e fatais águas do dilúvio porque botou fé na Palavra do Senhor, construindo a arca da salvação e da aliança. Jesus Cristo foi salvo do abismo infernal porque botou fé no Pai que o abandonou até na vergonhosa condenação e dolorosa morte na Cruz. Por isso, a fé em Jesus Cristo e em seu anúncio de que seu Pai é também nosso Pai, um Pai cheio de misericórdia, é tudo para nós seus seguidores. Por isso, nós cristãos costumamos proclamar inúmeras vezes, principalmente aos Domingos, este que é o mais profundo, o mais belo e benfazejo mistério de nossa vida: a fé de Jesus Cristo. É também por isso que São Francisco, sedento por tornar conhecido este mistério, em sua primeira Regra, ordenou aos frades que, no meio dos sarracenos e outros infiéis, em vez de entrar em litígio com eles, simplesmente anunciassem a palavra de Deus para que cressem em Deus Onipotente, Pai e Filho e Espírito Santo, Criador de todas as coisas, no Filho redentor e salvador, e que se deixassem batizar e se fizessem cristãos, porquanto quem não renascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no Reino de Deus (RNB 16,7-8). E, em outra passagem da mesma Regra, redigiu um inusitado, mas simples, breve e fervoroso “Ato de Fé” que podia e devia ser anunciado a todos os fiéis, através de todos os frades, também pelos simples irmãos leigos, que não sabiam ler e não tinham o “múnus” da pregação: Temei e honrai, louvai e bendizei, rendei graças e adorai o Senhor Deus Onipotente na trindade e na unidade, Pai e Filho e Espírito Santo, o Criador de todas as coisas. Fazei penitência, fazei dignos frutos de penitência, pois logo morreremos. Dai e vos será dado. Perdoai e vos será perdoado (RNB 21).

 

12 http://www.dehonianos.org/portal/01o-domingo-do-tempo-da-quaresma-ano-b0/. Pesquisa em 29.02.2018.

13 Chamamo-lo de arco-íris. Nas nossas terras, os antigos o chamavam de “arco da velha”, em referência, talvez, à velha aliança.

14 “Em hebraico, a mesma palavra (“qeshet”) é usada para designar tanto o “arco-íris” como o “arco de guerra”. Assim, o autor sagrado, usando e jogando com esta duplicidade, sugere que Jahvé pendurou na parede do horizonte o seu “arco de guerra” a fim de demonstrar ao homem suas intenções pacíficas”: http://www.dehonianos.org/portal/01o-domingo-do-tempo-da-quaresma-ano-b0/. Pesquisa em 29.01.2018.

15 Acerca da vinculação entre dilúvio e Batismo, na história cristã antiga e medieval, pode ser vista em Edinger, Edward F. Anatomia da Psique – O simbolismo alquímico na psicoterapia. São Paulo: Cultrix, 1995, p. 90.

16 São Lucas diz: Jesus, repleto do Espírito Santo, voltou do Jordão e estava no deserto, conduzido pelo Espírito, durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo (Lc 4,1).

17 Expressão de Dionísio Areopagita.

18 Confissões X, n. 28.

Frei Dorvalino Fassini, OFM e Marcos Aurélio Fernandes