2º Domingo do Advento – 2020

2º Domingo do Advento


Leituras: Is 40,1-5.9-11; Sl 84 (85); 2Pd 3,8-14; Mc 1,1-8
Tema-mensagem: Preparemos o caminho do Senhor e endireitemos suas
estradas porque sua vinda está próxima.
Introdução
Domingo passado, com a abertura de mais um Advento e do ciclo de mais
um novo Ano Litúrgico, celebrávamos o princípio de nossa vida, de nossa
origem, de nossa história: Deus, nosso Pai, que deseja enviar-nos seu Filho
para ser o Deus-conosco e o protótipo de todo homem, de toda a humanidade.
Hoje, no segundo Domingo do Advento, o profeta Isaías e João Batista vêm
nos anunciar que este Deus, nosso Salvador e Consolador, está para chegar!
(Cf. Mt 3,3). Por isso, logo acrescenta: Preparai seu caminho e endireitai suas
estradas! Confessai vossos pecados e convertei-vos! (idem).


1. O anúncio da grande teofania do perdão e da redenção (Is 40,1-5.9-11)


A Palavra que nos introduz no mistério deste Domingo é uma pequena
perícope do livro da Consolação do profeta Isaías, cujo nome, “Yesá éyah”,
significa, justamente, “Aquele que salva”. O momento era de esperança para
os israelitas. O famigerado império babilônico, que os escravizara, estava entrando num célere processo de declínio e decadência. Por outro lado, Ciro, rei
dos persas, que estava em prodigiosa Ascensão, começou a ser visto como um
enviado de Deus para ser seu futuro libertador. Assim, a volta para a Terra
abençoada, para o templo sagrado e para suas famílias parecia estar chegando.
Reacende-se no coração dos exilados a chama do mistério da eleição divina, de um Deus que continua amando seu povo, apesar de seus pecados
e infidelidades; um Deus-Pai misericordioso e Pastor, disposto a libertá-lo
novamente da escravidão e reconduzi-lo, de volta, para à Terra da promessa.


1.1. Consolai, consolai
O Livro da Consolação, atribuído a Isaías, começa assim: “Consolai,
consolai, meu povo! Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que
sua escravidão terminou e a expiação de suas faltas foi cumprida!” (Is 40,1-
2a). Estamos diante do anúncio da melhor, da mais bela e clara expressão dos sentimentos de Deus em relação ao seu povo perdido: o perdão e a redenção.
Por isso, o Senhor pede ao seu mensageiro, Isaías, que grite bem alto e por duas vezes, a fim de que ninguém deixe de ouvir. Deus deseja perdoar, Deus
quer redimir seu povo.
A desolação havia assolado o coração daquele Povo. Seu coração tornarase árido como o deserto. As fontes da esperança haviam secado. Minguara-se o viço e o vigor da vida. O povo estava abatido, aniquilado. Os homens costumam temer a destruição, mas não percebem a ameaça da aniquilação. A destruição acaba com o que é. A aniquilação, com o que pode ser. A aniquilação traz a desertificação das fontes criativas da vida, espalha o deserto dentro dos homens, nos seus corações. Enfim, acaba com o alento da esperança.
Em nosso tempo, com todo seu niilismo que nos rodeia e cujo espírito
respiramos, a desertificação da vida tem crescido e se espraiado nos corações humanos. Onde se dá o deserto, ali se dá uma solidão negativa, que é desolação e assolamento de toda esperança. Aumentam, assim, os tormentos dos homens. Mas, hoje, para este coração desolado e atormentado, Deus envia a palavra da consolação, por meio do profeta: “Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os seus trabalhos e está perdoada
sua culpa porque recebeu da mão do Senhor duplo castigo por todos os seus pecados” (Cf. Is 40,2).
A palavra da consolação deve ser dita ao coração, isto é, ao âmago, ao
centro do ser humano, onde pulsa a vida, a cadência de seu existir. Deus fala ao coração de seu Povo como o amado fala à amada, a mãe ao filho, o pastor à ovelha. O viço e o vigor do coração, então, retornarão, pois, o perdão anula os pecados do passado e abre a esperança para o futuro, porque a boca do Senhor falou (Is 40,6).


1.2. Rebaixemos os montes e endireitemos o que está torto


Uma voz clama! A voz é de Isaias, mas a palavra, a mensagem é a vontade, o desejo de Deus, nosso Pai. Qual vontade, qual desejo? “Preparai no deserto o caminho do Senhor!” (Is 40,3). “Deserto”, na tradição bíblica sempre teve o significado de lugar dos grandes desafios, encontros e alianças com Deus; teve, também, o significado de “caminho” como um estilo, um modo de viver, uma forma de vida, boa ou má, em relação a Deus ou de Deus em relação aos homens.
É nesse sentido que João Batista, no Evangelho de hoje, fala em preparar
o caminho do Senhor, e Jesus, mais tarde, dirá que Ele é o “caminho”, isto é, o modo, o projeto, o estilo de viver que leva à Vida, à salvação. Nos primórdios do Cristianismo, ser cristão não significava tanto seguir uma religião, uma doutrina e, muito menos, um sistema religioso. Significava, antes, um caminho, um percurso, uma aventura: o caminho, o percurso, a aventura do Filho de Deus que deixa a condição de Deus para, desde a concepção no seio da Virgem Maria até a morte na Cruz, percorrer o caminho humano da humildade e da subalternidade. Mais tarde, no século XIII, também São Francisco retoma esse sentido de ser cristão, proclamando que a Vida e a Regra da Ordem dos Frades Menores é esta: seguir Jesus Cristo, observando seu santo Evangelho (Cf. RNB 1).
Para o profeta, diante de uma teofania tão grandiosa e estupenda, não
basta falar. É preciso subir a um alto monte e gritar. Gritar tem um quê de soprar alto, exclamar – soltar para fora o ar, o espírito profético, a convocação de Deus. E, de nossa parte, é preciso ouvir o clamor desta voz que convoca de novo, como outrora no Egito, no deserto. Ouvir, bem ali, onde a desolação do consumismo, da globalização e do despotismo do paradigma tecnocrático (Cf. LS 106), bem como do antropocentrismo moderno (idem, 115), do absolutismo da economia, movida pela cobiça do lucro, da política sem compromisso com o bem comum e com a coisa pública, nos assolam e desolam. E, bem aí mesmo, preparar o caminho do Senhor, que nos conduz da escravidão à liberdade, do tormento à paz.
A Palavra do Senhor convoca a sair da depressão e encoraja a erguer o
ânimo e se dispor a trilhar o caminho: todo o vale será elevado! Convoca à humildade, à minoridade, à pobreza, à cruz: toda colina será rebaixada. Promete, ao mesmo tempo, que a graça do Senhor tornará fácil aquilo que parece difícil aos olhos humanos: “A sinuosidade será endireitada e as sendas escarpadas, suavizadas”. E o Senhor promete revelar-se em seu esplendor: A glória do
Senhor se descobrirá (Is 40,5). O homem fraco revigorar-se-á com esta manifestação do brilho do Senhor! Toda carne, isto é, todos os homens, mortais, frágeis, juntos verão o Senhor.


1.3. O sumo da teofania


Além do mais, se outrora Deus se servia de intermediários, agora é Ele
mesmo que vem em sua verdade mais verdadeira e pura, a ponto de se poder apontar e dizer: Eis aí vosso Deus! (Is 40,9). Virá como um pastor que cuida de seu rebanho e dá sua vida pelas suas ovelhas, um rei que realiza sua realeza como serviço; um rei tão amoroso a ponto de, como pastor, carregar as ovelhas em seu próprio colo, a fim de guiá-las da escravidão à liberdade, da desolação à consolação, da esterilidade do deserto à fecundidade da terra boa da promissão. Eis a boa nova que o evangelista de Jerusalém tem a dizer. Essa boa nova se tornará realidade com o Advento de Jesus Cristo, que foi preparado por João Batista. Ora, como não se consolar diante de tão bela e auspiciosa mensagem!? Como não esperar de novo a salvação!?

2. Jesus Cristo, o Filho de Deus, Princípio da Boa Nova (Mc 1,1-8)


Em tom solene, a modo dos apresentadores de grandes espetáculos, Marcos começa assim sua missão de evangelista: Início do Evangelho – da Boa, da Grande, Alegre Notícia – de Jesus Cristo, Filho de Deus! (Mc 1,1). Início, aqui, tem o significado de fonte, origem. Na origem, portanto, de toda sua Boa Notícia está alguém que é de origem divina: Filho de Deus, mistério dos mistérios, Jesus Cristo.


2.1. João Batista, o preparador do caminho do Senhor


Feito o anúncio de sua obra, Marcos faz questão de assentar a autoridade
de sua mensagem no grande profeta Isaías1 : Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!’ (Mc 1,2). João é apresentado por Marcos como o mensageiro (ángellos) que vem para convocar o Povo a preparar as vias da chegada do Messias, numa via de retidão, isto é, de justiça. Alguns Padres da Igreja (Ambrósio, Remígio) identificam ou comparam Marcos com a figura do leão, pois ele começa sua narrativa evangélica com a voz de João Batista, que clama no deserto, como o rugido de um leão no ermo, manifestando seu poder. João Batista é chamado “anjo” (ángellos) pela dignidade do seu ofício, a saber, de ser mensageiro da boa nova de Deus. Todo aquele que é mensageiro do Evangelho é anjo de Deus, por ofício. Este mensageiro está ante à face do Senhor, caminha na sua proximidade, como seu precursor: aquele que abre o caminho para Ele.
Ele é também chamado de “voz”. A obra da voz é servir de veículo para
deixar chegar a palavra aos ouvidos dos homens. João era a voz. Cristo, a
palavra de Deus, que se encarnou e veio habitar entre os homens. É uma
voz que clama, isto é, voz potente, destinada a romper a surdez dos homens e a chegar aos que estão longe de Deus. É uma voz que clama no deserto: convoca os homens a uma nova travessia para a liberdade, através do embate e combate, da prova, do perigo, da escassez, da penúria, da indigência, da desolação, como outrora aconteceu no deserto, sob a guia de Moisés, com o Povo da antiga aliança. A missão desta voz é preparar os caminhos do Senhor, para que Ele possa chegar aos corações dos homens. Ele o faz pela pregação da penitência, isto é, da mudança de mente, de pensamento, de orientação de vida.
1 No entanto, a citação é um mosaico de várias passagens (Ex 23,20; Is 40,3 e de Mal 3,1).
Temos nós, hoje, clareza de que este é, certamente, o âmago de nossa
missão, da missão da Igreja: Preparar os caminhos do Senhor e não os da Igreja, muito menos os nossos!? Falando dessa distorção, o Papa Francisco nosalerta para o fato de que muitos cristãos se preocupam mais com o prestígio da Igreja do que com o Evangelho e de sua real inserção no povo e nas necessidades concretas da história (Cf. EG 95).


2.2. O Batismo de conversão


À semelhança de Jesus, também de João Batista nada sabemos de sua
juventude. Filho da linhagem sacerdotal, devia estar no templo! No entanto, num dado momento de sua vida, abandona sua família, sua terra natal e, principalmente, seu sacerdócio para exercer outro ofício, bem mais eficaz que aquele exercido por seu pai Zacarias, e se retira para o deserto, às margens do rio Jordão a fim de pregar um Batismo de conversão. Tudo o que faz e prega revela ser um homem inspirado e arrebatado pelo Espírito, um profeta e mais que um profeta (Lc 7,26). Por isso, as multidões acorrem a ele, depositando
nele toda sua confiança e esperança. Com seu olhar de profeta vê claramente que na raiz de toda aquela decadência há somente uma causa: o pecado. Israel havia trocado Deus, seu Deus, por si mesmo. Se no passado havia adorado ídolos de barro ou de ouro, agora adorava a si mesmo, suas leis e tradições, sua religião, esquecendo o Senhor da lei, das tradições, da Religião e do próprio Templo. Para sair deste pecado, o homem precisava de uma purificação radical. Só depois poderia sair de seus pecados e refazer sua aliança com Jahvé, através de um “Batismo de conversão”. O rito de purificação, adotado por João, também é inteiramente novo. Não era a pessoa mesma que se banhava e se purificava, mas ele, o batizador, é que, em nome de Deus, mergulhava inteiramente o penitente para o profundo das águas do rio Jordão. O significado era simples e provocante: para refazer ou inaugurar uma nova aliança com Deus, deve haver uma conversão, uma volta radical para o projeto de Deus; uma conversão que deve nascer, portanto, do âmago mais profundo da pessoa. Aqui, tudo é simbólico, a começar pelo próprio nome “João”. São Jerônimo lembra que este nome significa “graça de Deus”. Eis, portanto, que João aparece no deserto anunciando a graça de Deus. Deserto, por sua vez, é o lugar onde nasceu o antigo Povo de Deus através de sua aliança; lugar para onde sempre deve retornar a fim de fortalecer e restabelecer a aliança, rompida pela infidelidade a Deus. Além do mais, lá no deserto não chegavam as interferências das autoridades religiosas, dos mestres da lei, dos fariseus
com suas condenações. Pode-se, sim, ouvir Deus no silêncio e na solidão. O rio Jordão, por sua vez, nos recorda e refaz a alegria e o vigor da passagem  definitiva da escravidão do Egito para a liberdade dos eleitos e protegidos de Deus.
O homem que tinha dado as costas para o mistério de Deus, precipitandose no mundo do pecado, agora dá as costas para as preocupações mundanas e pecaminosas, e se volta para Deus. Eis o retorno! João é o amigo do esposo que leva a esposa ao encontro do esposo, como outrora um criado levara Rebeca a Isaac (Cf. Gn 24), nos sugere São Jerônimo. E todas as gentes das redondezas (Judeia, Jerusalém) iam ao seu encontro no rio Jordão. A esposa vai
ao encontro do Esposo. Ela se dispõe a este encontro pela confissão de seus pecados. Assim se dispõe a se tornar pura para o seu Esposo.
João, porém, sabia que seu Batismo era provisório, apenas uma preparação para o definitivo. Por isso, proclamava: “Depois de mim, virá alguém mais forte que eu… Eu vos batizei com água, mas Ele vos batizará com o Espírito Santo” (Mc 1,7-8). João anunciava que, depois dele, vinha o mais forte do que ele. Eis sua humildade. Ele era o maior entre os nascidos de mulher (Lc 7,28) por causa de sua humildade, isto é, por fazer-se menor. A graça, que seria comunicada na pessoa de Jesus Cristo, seria imensamente, sim, infinitamente, maior e mais potente! Na verdade, ele nem pode ser comparado com o Messias. Por isso, dizia: “Eu não sou digno, em me abaixando, de desatar as correias de suas sandálias”. Isto quer dizer: não era digno nem mesmo de ser considerado servo do Cristo. Que ele seja o amigo do Esposo é pura graça. João era o mensageiro; Jesus, o Rei. João era a voz; Jesus, a Palavra. João era o amigo do esposo; Jesus, o Esposo.
Quando acontece esse retorno da mente – dá-se uma transformação no
intelecto, isto é, no modo de compreender a realidade como um todo e na vontade, isto é, no modo de querer. São Beda ensina: a imersão no Espírito
Santo aconteceu não só em nosso Batismo, mas acontece cada dia, quando somos inflamados pelo seu fogo divino. Quando isso acontece, então dá-se o feliz encontro, cantado pelo salmista hoje: encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça; a fidelidade germina da terra e a justiça desce do céu.


3. Uma vinda demorada, mas certa (2Pd 3,8-14)


A esperança acerca da segunda vinda de Jesus e, com ela, a possibilidade
de encontrar-se com Ele, pessoalmente, era muito forte e vivamente desejada entre os primeiros cristãos. Como, no entanto, ela parecia tardar ou não acontecer, muitos fiéis começaram a desanimar e a perder a fé. Para combater este perigo São Pedro escreve a 2ª Carta, da qual a Liturgia de hoje escolheu um pequeno trecho para a segunda leitura.
Pedro insiste: O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como pensam
alguns, achando que demora. Está apenas usando de paciência para convosco. Pois não deseja que alguém se perca (2Pd 3,9). E o argumento é muito simples: o tempo de Deus não é o nosso tempo. Ele se rege pelo tempo da eternidade, isto é, da paciência infinita e nós pela pressa da caducidade. Além do mais, os cálculos acerca da parusia são anti-evangélicos, pois o Senhor virá quando menos o sabemos e menos o esperamos. Por isso, conclui com esta bela exortação: Caríssimos, vivendo nessa esperança, esforçai-vos para que Ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz! (2Pd 3,14). Ou seja, a questão não é quando, mas como nós aguardamos a vinda do nosso Senhor, nosso amado esposo. 


Conclusão


Também a penitência ou conversão, princípio e caminho de toda a salvação – ao longo de toda a História do Povo de Deus e da Igreja – conheceu tempos de maior ou menor pureza. Se, muitas vezes, foi compreendida e exercitada apenas em sua dimensão ascética, moralista ou jurídica, com o Vaticano II, está sendo retomada a partir de sua essência: a fidelidade a Jesus Cristo (EG 26). Neste mesmo sentido, também fala o Papa Francisco: Este é o momento para dizer a Jesus Cristo: ‘Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar minha aliança convosco. Preciso de vós. Resgatai-me de novo, Senhor. Aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores!’ (EG 3).
Também aqui São Francisco pode nos ajudar. Ouçamos o que diz São
Boaventura a este respeito: Sendo igualmente ele anjo de verdadeira paz, foi destinado por Deus, segundo também à imagem e semelhança do Precursor, a preparar no deserto o caminho da mais alta Pobreza e a pregar a penitência, tanto pelo exemplo como pela palavra (1B Pró).
Para ele, fazer penitência não era uma coisa de momento, dias, semanas
ou meses, mas uma forma de vida: viver a Vida de nosso Senhor Jesus Cristo, observando seu Evangelho (Cf. RNB e T). Por isso, para si e seus primeiros companheiros, no princípio da Ordem, escolhera a denominação de: “penitentes” (Cf. LTC 37). Do mesmo modo, para ele, seguindo seu Mestre, a penitência evangélica, a exemplo do filho pródigo, era a alegria perfeita de poder estar no caminho de retorno à sua origem, ao paraíso perdido, à casa do Pai; caminho inaugurado por Jesus Cristo quando se encarnou no seio da Virgem Maria, e foi consumado na Cruz quando gritou: “Meu Elohim (Deus), meu Elohim (Deus), por que me abandonaste?!” (Mc 15, 34).
Por tudo isso, não deixemos que nos roubem o júbilo da penitência evangélica!

Frei Dorvalino Fassini e Marcos Aurélio Fernandes