5º DOMINGO DA QUARESMA
29/03/2020
Pistas homilético-franciscanas
Liturgia da Palavra: Ez 37,12-14; Sl 129 (130); Rm 8,8-11; Jo 11,1-45.
Tema-mensagem: Na ressurreição de Lázaro a esperança de nossa ressurreição.
Sentimento: louvor e gratidão.
Introdução
Estamos nos aproximando cada vez mais da semana santa e da grande solenidade da Páscoa. Hoje, através do inaudito milagre da ressurreição de Lázaro, Jesus nos convoca a celebrar e a renovar nossa fé e nossa esperança na sua Cruz, Morte e Ressurreição.
- De uma antiga promessa acerca da ressurreição dos mortos (Ez 37,12-14)
A primeira leitura de hoje faz parte da famosa “visão das ossadas”, do profeta Ezequiel (Ez 37, 1-14): restos de mortos que não foram sepultados, ossos ressequidos que assinalavam o fim da esperança de Israel e o esfacelamento da casa do Povo de Deus. Essa era a dolorosa consequência do exílio na Babilônia, causado pela infidelidade de Israel à sua aliança com o seu Senhor. Com isso, o viço, o vigor, a alma de um Povo que se vangloriava de ser o único povo “de Deus” estava enterrado em profundas sepulturas. O Senhor, porém, no oráculo que ouvimos na primeira leitura de hoje (Ez 12-14), manda o profeta anunciar uma nova esperança. Uma esperança que virá de um outro princípio, capaz de renovar toda a história do seu povo.
Este outro princípio é, realmente, uma nova criação. Assim, se na primeira Deus formou o humano assoprando sobre o barro um pouco do hálito da vida Dele (neshamá) e o homem se tornou um vivente, na segunda, o Senhor irá infundir o seu Espírito (ruah) sobre o homem aniquilado e lhe fará recobrar a vida, o viço, o vigor, o alento, o ânimo, a alegria de um novo encontro, de uma nova aliança com seu Senhor. Será de novo um Povo “de Deus”. Essa nova criação é descrita, então, como uma ressurreição: uma saída dos túmulos, isto é, um ser reerguido, a partir do Sopro de Deus, uma passagem da morte para a vida.
A desolação do Povo de Deus vivida no exílio é a mesma experimentada também pelo homem de hoje e de sempre. Muitas são as sepulturas que mantem, hoje, as pessoas enterradas, ressequidas, esfaceladas, rachadas como, por exemplo, a sepultura do absolutismo e do endeusamento das ciências e da tecnologia que servem mais o sistema econômico e mercantilista do que as pessoas, o espírito da megalomania que acaba com os pequenos sistemas, as pequenas comunidades, “a tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada” (EG 2), etc.
- Um canto que nasce das profundezas de nossa miséria (Sl 129 (130)
Mas, como outrora, para Israel, também para nós, hoje, é oferecida a graça de um novo êxodo, de uma saída de nossos túmulos. Para isso, porém, é preciso que aprendamos a clamar a Deus das profundezas de nossa alma, como fez Davi através do conhecido salmo 129 “De profundis” (Das profundezas). Trata-se, na verdade, de um canto de ascensão, “canto das subidas” que o peregrino cantava ao subir a Jerusalém. Já de partida, o seu clamor sobe ao Senhor desde o abismo de sua desolação. Agostinho, comentando este salmo, diz: “cada um de nós deve compreender qual é o abismo em que se encontra e a partir do qual ele grita ao Senhor”. A História Sagrada é testemunha de que o Senhor das alturas, que está no mais alto dos céus, o Excelso, é também o Deus atento aos nossos abismos, às nossas baixezas e fragilidades. Por isso, quanto mais descemos aos abismos de nossa condição humana tanto mais Deus é atraído para nós e tanto mais escuta o nosso clamor e nos ergue, nos exalta, nos salva. Por isso, nos exorta o mesmo santo: “Também nós, devemos sondar o abismo da miséria desde a qual gritamos a Deus. Este abismo é a nossa condição mortal…”.
- Em Lázaro se cumpre a antiga e se anuncia a nova ressurreição (Jo 11,1-45)
O que outrora fora prometido pelo Senhor realiza-se em plenitude e definitivamente em Cristo e por Cristo e continua sendo atualizado no dia a dia dos homens através da Igreja pela sua ação litúrgica e evangelizadora. Eis o grande e festivo anúncio que nos faz a Igreja, neste domingo, através da célebre história do revivescer de Lázaro, narrada por São João. O que está em causa nesta história, porém, não é apenas o destino de um homem, ou de alguns homens, mas de todo o homem, no seu encontro com Cristo, a Ressurreição e a Vida.
3.1. Lázaro o amado de Jesus estava enfermo
O evangelho começa com o registro deste fato: “Um homem estava enfermo, Lázaro de Betânia, o povoado de Maria e de Marta, sua irmã” (Jo 11, 1). O nome “Lázaros”, em grego, é uma versão do nome hebraico “Eleazar”, que quer dizer “Deus ajuda”. Seu nome é seu destino. Com efeito, ele será ajudado por Deus, com a sua revivescência depois de quatro dias de morto. Ele estava enfermo (asthenon). Sua condição era, pois, de enfermidade. Em grego, a palavra para enfermidade é “asthéneia”, que quer dizer, mais propriamente, fraqueza, falta de força, de viço, de vigor. Ele era de Betânia, aldeia que ficava a leste do Monte das Oliveiras, não distante de Jerusalém. Este pormenor tem uma intenção muito clara: que esta narrativa deve ser associada ao mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. O mesmo diga-se da referência à Maria como “aquela mesma Maria que ungira o Senhor com um óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os cabelos” (Jo 11, 2).
As irmãs Marta e Maria, através de um mensageiro “mandaram dizer a Jesus: ‘Senhor, aquele que tu amas está enfermo’”. Notemos que elas não mandam dizer: “vem e cura o nosso irmão”, mas, simplesmente: “aquele que tu amas está enfermo”. O amor não é capaz, jamais, de tomar atitudes que possam constranger o amigo. A notícia, porém, de certa maneira, não deixa de ser um apelo para quem ama. No entanto, Jesus responde ao anúncio dizendo que “esta enfermidade não é para a morte”. A resposta é muito estranha porque logo em seguida “declara abertamente que Lázaro estava morto”. Mais estranho ainda é que, apesar de tudo isso, Jesus ainda se demorou por dois dias no lugar onde se encontrava.
3.2. Uma morte que é sono-vida – uma morte que é inferno-morte
No diálogo com os discípulos e depois com as irmãs de Lázaro percebe-se claramente que Jesus fala de duas mortes, completamente distintas e opostas. Uma que é sono, descanso, vida e outra que é morte mesmo. Consequentemente há doença que é saudável e doença que leva à morte.
A doença ou a morte que leva à morte, acontece quando o homem, à semelhança da árvore que se desprende da raiz, apegado egocentricamente à própria vidinha, prefere viver separado de sua origem, de seu Pai, de sua Casa, de seu reino. Prefere, enfim, o reino da morte, reino verdadeiramente temível porque vive separado de Deus, vida de nossa vida. Entra, então no desespero eterno de uma vida sem sentido, morte sem morte, vida sem vida. É o que nós cristãos chamamos de “inferno” ou lugar de “choro e de ranger os dentes”. São Francisco chama essa maneira de conduzir a vida humana de “segunda morte”. Ela revela, ao fim, que toda a vida do homem fora desespero: ”morte amarga” (1CF II,14).
A doença ou morte que são saudáveis, nos são ministradas pela fé e como fé na Paixão, morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, recorda-nos São Francisco: aquele que em verdade crê no Cristo pode saudar as doenças e a morte do corpo como irmãs. Delas nada há de se temer, pois, na fé, tem o penhor da imortalidade, ou seja, a garantia antecipada de que a “segunda morte” não lhe poderá fazer mal. É por isso que Jesus disse aos discípulos que esta enfermidade de Lázaro não era a enfermidade para a morte, mas o ensejo para manifestar a glória de Deus.
Por isso, Agostinho diz que a morte de Lázaro em vez de morte, foi oportunidade para que a glória de Deus fosse manifestada, isto é, para que nela e através dela fosse glorificado o Filho de Deus. A revivescência de Lázaro dá, assim, o avio aos acontecimentos da paixão e de todo o mistério pascal, que dão início à nova e verdadeira vida do homem.
3.3. Caminhar de dia para não tropeçar
Há em todo este evangelho uma tônica muito clara e forte: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro” (Jo 11, 5). Os próprios judeus testemunharam este amor exclamado: “Vede como ele o amava” (Jo 11 36). Agostinho comenta: ele, Lázaro, enfermo, elas, tristes; todos, amados. Este ser-amado por Cristo era uma fonte de esperança. Trata-se, pois, de uma esperança que vem da gratuidade do encontro, do amor. Tudo isto é dito não apenas para eles, coetâneos de Cristo, mas também para todos nós, contemporâneos de Cristo pela fé. Pois, pela fé, ele é a nossa esperança, o nosso consolo, é a “saúde dos enfermos”.
Quanto ao sentido da demora de Jesus onde se encontrava, foi, na verdade, para realçar ainda mais a grandeza do milagre que faria. Quem, passados quatro dias num túmulo, poderia pôr dúvida de que ele realmente estivesse morto? Nem mesmo aqueles que se recusavam a crer no milagre da abertura dos olhos do cego de nascença!
Jesus, então, diz a seus discípulos: “Voltemos para a Judeia” (Jo 11, 7). Esta proposta soava mal aos ouvidos dos discípulos: Judeia > Jerusalém > morte. Por isso, temendo pelo mestre e também por eles mesmos, dizem: “‘Rabi, há pouco os judeus procuravam te apedrejar; e queres voltar para lá?’ Jesus responde, de novo, aludindo à importância de andar de dia, quando se tem a claridade da luz e não de noite, quando se está envolto nas trevas (Cf. Jo 11, 8-10).
Evidentemente, Jesus estava falando de dia e noite em sentido figurado, a modo de uma parábola. O verdadeiro perigo não era a morte, no sentido do ser morto pelos inimigos. O verdadeiro perigo era a morte, no sentido de ser privado da glória da presença e da comunhão com o Pai. Assim, a verdadeira segurança não viria com a fuga, mas, antes, com a obediência e o enfrentamento. O revivescimento de Lázaro, em Betânia, seria o último sinal de Jesus, assim como a transformação da água em vinho, em Caná, fora o primeiro. Depois disso, viria a noite da paixão. O sol declinaria: ele morreria. E os discípulos tropeçariam… Santo Agostinho diz: Cristo é o dia. Os Apóstolos são as doze horas. Assim como o sol ilumina as horas, do mesmo modo Cristo ilumina os apóstolos manifestando-lhes a glória de Deus. Aqueles, por sua vez, vão iluminando os homens fazendo-os reviver, sempre de novo. Assim, todos os homens poderiam caminhar na luz e não tropeçar.
3.4. Na morte o último ato de fé
Após um breve diálogo de Jesus com os discípulos acerca do sentido da morte corporal, Jesus lhes fala abertamente (parresía): “Lázaro está morto”. Assim, quando chegou a Betânia, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. Revivescer um morto de quatro dias é, de fato, um grande milagre. Felizes aqueles que tiveram a dita de serem testemunhas de tão grande feito! No entanto, dizia Santo Agostinho, se pensarmos no poder de Cristo, que traz do nada para a existência todas as criaturas, a ressurreição de um morto não lhe é mais difícil do que acordar um homem que dorme.
O endereço do milagre é muito claro: preparar seus discípulos de ontem e de hoje à fé na obra Dele, a Cruz. É também o sentido de todo o diálogo de Jesus com Marta e Maria. Marta botava fé em Jesus, mas ainda não como o Filho de Deus. Cria nele como num homem de Deus, virtuoso e extraordinário, um grande profeta, que seria ouvido por Ele em qualquer prece. Jesus, então toma esta oportunidade como um ensejo para conduzi-la para águas mais profundas, instrui-la em mistérios mais elevados por ela até então ignorados. Marta estava certa da ressurreição no último dia. Mas, Jesus lhe anuncia algo mais essencial, novo e decisivo: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11, 25). Jesus é a vida originária, que não está circunscrita a nenhum lugar nem a nenhum tempo. É a vida não apenas de um homem, Lázaro, nem de alguns poucos ou mesmo de muitos homens. É a vida de todos os homens, como o evangelista João, mais tarde, testemunhará com muita clareza no Prólogo de seu Evangelho e em sua Primeira Carta: “O que era desde o princípio, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam a respeito da Palavra da vida, também vos anunciamos…”(1Jo 1,1).
Jesus interpela, então, a Marta: “crês nisso?” Jesus pergunta não porque duvide, mas, para dar-lhe a oportunidade de fazer uma confissão de fé. E ela o faz: «sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que vem ao mundo» (Jo 11, 27). Crendo que ele é a Vida, crê que ele é a Ressurreição. E assim ressurge a esperança.
As palavras de Cristo tinham posto fim à dor de Marta e tinham-na feito recobrar a esperança. Então ela partiu para chamar a sua irmã. Ela lhe diz veladamente, para que os presentes não percebam: “O Mestre está aí e te chama”. O evangelho não diz que Jesus a tenha chamado. Mas, para que? A simples presença do amante não é já um chamado?! Por isso, apressa-se ao seu encontro e caindo a seus pés, ela se entregava totalmente à glória de seu Mestre. Como é habitual aos que choram tomados pela dor, também ela não pôde dizer tudo o que queria, tudo o que tinha em sua alma. Jesus nada diz. Simplesmente age. Em sua ação, se condescende e se humilha, manifestando toda a sua natureza humana: ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela, teve um frêmito no espírito e se perturbou a si mesmo. E então chorou por duas vezes. Chorava como homem que era. Mas, podia revivescer o amigo, como o Verbo, a luz e a vida dos homens, que era. Entretanto, se a maioria se admira, há alguns, como sempre, que resmungam e começam a acusa-lo, mesmo antes de verem o fim da sua ação.
3.5. O grito da cruz e da ressurreição
A última cena se passa junto ao túmulo. Segundo o sentido etimológico originário, tirado do grego, túmulo tem o significado de monumento, tanto no sentido de recordar os mortos, a vigência dos ausentes, quanto no sentido de ser uma admoestação para os vivos, para que se recordem de serem mortais. O túmulo era fechado com uma pedra. Agostinho, numa leitura alegórica, vê na pedra a Lei. O homem, no túmulo, sob a pedra, é o homem no pecado, réu sob a Lei. Poderia ser também o homem adâmico, soterrado pelo peso da desobediência originária e ao qual Cristo vem para libertá-lo para a graça da vida que Adão havia enterrado. A narrativa da oração que envolve o milagre da ressurreição é, certamente, a parte mais significativa, enigmática e comovente deste evangelho.
Como sempre, primeiramente e antes de tudo, Jesus se eleva, mergulha para dentro do Pai não para fazer-lhe um pedido, mas para uma ação de graças (eucharisteúo). Agradece ao Pai, antes mesmo que aconteça o milagre. Se em outras ocasiões sua oração era no oculto, aqui é em público e em voz alta para que redunde em benefício dos que o escutam, da “multidão” de todos os tempos, para que creiam que Ele era “o enviado” do Pai a fim de ser a ressurreição de todos os mortos, a vida de todos os vivos.
A seguir, Jesus se dirige a Lázaro. Fala com o morto como se falasse com um vivo, grita como se grita com alguém que está distante. Lázaro, então, revive e sai do túmulo. Numa leitura alegórica, Agostinho e Gregório Magno veem em Lázaro a história de todo o homem destinado a crer em Cristo. Lázaro somos nós, eu, você, todo homem.
Lázaro que é ressuscitado depois de quatro dias do túmulo corresponde, também, ao homem que adquire o hábito de pecar e que, por isso, se corrompe, a ponto de “cheirar mal”, isto é, de se tornar detestável pela sua reputação. Mergulhado no abismo desta putrefação, oprimido pelo peso dos costumes pecaminosos, tornou-se incapaz de erguer-se sozinho, a partir de si. Para libertar-se é preciso, antes que ele escute a voz daquele que está de pé, na cruz, sem jamais sucumbir a nenhuma das tentações do demônio; é preciso, também, que faça violência a si mesmo pelo arrependimento, que venha para fora de seus costumes, que se deixe desvencilhar das amarras que o pecado criou em torno de sua identidade. O desatamento é o perdão, que o pecador recebe mediante a absolvição. Assim, como Lazaro desprendido dos lençóis que lhe prendiam as mãos e os pés, também o penitente, perdoado e absolvido começa a viver como ressuscitado, isto é, segundo o Espírito de Deus. É o que ouvimos na segunda leitura, que nos fala tanto da ressurreição da alma já agora quanto da ressurreição da carne no “último dia”: “Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça. E, se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,10ss).
Conclusão
Morte e ressurreição antes de realidades cronológicas ou fatos pertencentes a um futuro longínquo ou próximo, são experiências diárias, nascidas da verdade mais radical do ser humano: nossa finitude. Por isso, porque nascemos um dia, precisamos aprender a nascer, sempre de novo, todos os dias, bem como, e também, porque haveremos de morrer um dia, precisamos aprender a morrer todos os dias. Nascemos para morrer e morremos para nascer.
Para um bom desempenho desta vocação, porém, precisamos recordar, sempre de novo, que nossa finitude em vez de carência diz viço, sopro vital, vigor originário destinado a buscar sempre de novo sua plenitude. Foi assim que viveu Jesus cuidando com todo amor e misericórdia de sua finitude e da finitude dos humanos, principalmente dos doentes e pecadores e dos mortos, como hoje de Lázaro, podendo, no final, no auge de sua caminhada, na Cruz, proclamar alto e bom som: “Consumatum est” (“Tudo está consumado”).
Fraternalmente,
Marcos Aurélio Fernandes e Frei Dorvalino Fassini, ofm