“Uma vida missionária, a minha maneira de compreender, ainda está acontecendo!” (Frei Paulo Calixto, OFM)
fonte : Provincia Franciscana de Santo Antonio do Brasil
Confiamos à misericórdia divina nosso confrade Frei Paulo Calixto Cavalcante, OFM que neste dia, 27 de julho de 2020, às 07h46min, realizou sua Páscoa definitiva no Convento Santo Antônio em Canindé/CE. A Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil agradece a Deus por nos ter dado esta vocação tão grande que doou sua vida a Missão Tiriyó. Descanse em paz Frei Paulo!
Pequenos relatos da Vida de Frei Paulo (do livrinho: Uma vida missionária):
O que vem do berço: … sou o primogênito de 22 irmãos… nasci num sítio, ou fazenda, naquele tempo chamada Rio Branco. Depois meu pai comprou uma terá num lugar chamado Três Irmãos. Para lá fotos em 1941. O meu querido pai se chamava Lauro Calixto Cavalcanti e minha querida mãe Juvenina, com o mesmo sobrenome. Lembro que enquanto minha mãe era viva rezávamos o terço todas as noites e tínhamos uma tia professora que lecionava em nossa casa mesmo… Tudo isso fez parte de minha formação: rezar, trabalhar e brincar.
Uma promessa cumprida: Enquanto garoto eu derramava sangue pelo nariz. Meu pai e minha mãe não sabiam como me curar. Provavelmente eu dei muito vexame pra eles… Então minha mãe fez uma promessa com São Francisco de Canindé. A promessa foi a seguinte: o primeiro dinheiro que eu ganhasse devia colocar no cofre de São Francisco; me confessar, assistir a Santa Missa e comungar. E assim foi feito. Fomos a Canindé fazer tudo como minha mãe tinha prometido. Fiquei bom e até hoje nunca mais derramei sangue; num um só pingo.
Louvado seja Jesus Cristo pelo seu fiel servo São Francisco. E assim se deu o meu primeiro contato com Canindé e com os Frades Franciscanos.
Tudo depende da família. A família que reza unida, permanece unidade. Foi isso que eu aprendi em casa.
O meu primeiro tempo na vida religiosa: … entrei na vocação franciscana em 1962, em 1963 já recebi o hábito e, se eu não estou enganado, no mesmo ano fomos para Lagoa Seca. Lá, em Ipuarana, fiquei de 1963 a 1969…
De Belém para a Missão Tiryió: Agora já está mais claro o que é a Missão Tiryió. Dom Floriano, o Bispo de Óbidos, já me contou um bocado de coisa a respeito da Missão. Já me tirou, ou desvendou, um bocado de mistério que existia na minha imaginação. Agora, de Belém para a Missão Tiryió já vou viajar num avião Búfalo, levando também oito búfalos. Até parece que me aprontaram um começo de pecuária, coisa muito do meu agrado. Finalmente eu já cheguei a Missão…. Lá na missão, em 1969, já tinha algumas Irmãs de Jesus Crucificado. Não tive conversa nenhuma com os índios. Um velho índio me ofereceu um pedaço de beiju com um pedaço de porco do mato…